Umbral, ao invés de ser um lugar terrivelmente horroroso como se fosse um filme “trash” de horror, vem disfarçado de uma vida normal. Se fosse tão evidente que o umbral é um lugar punitivo, seria fácil para as almas se arrependerem e não seriam postas à prova.
Se tive uma existência anterior onde prosperei na vida, porém pratiquei o mal, terei uma nova chance de reparar o dano em uma vida similar, aparentemente bela, mas que não funciona direito. Seria oferecida uma opção diferente: se não funcionei quando tudo deu certo, vamos ver quando tudo dá errado. É uma existência onde quem pune é o Sol e cada dia é um novo inferno. E enquanto muitos dormem, o repetente agoniza à véspera de um novo dia.
E nesse umbral, o processo de evolução é lento, pois do lugar que você deixou (pior do que quando entrou), poucas ou nenhuma pessoa terá emitido boas vibrações, como as orações, para lhe direcionar à saída. São informações que chegam por meio do sonho. Alguns têm muitos e bons, e acordam bem, outros nenhum, ou ruins, e acordam perdidos.
A visão horrenda que se tem do umbral é a da “coisa em si”, da qual Immanuel Kant se referia. Não é um fenômeno, mas uma situação. Só é vista, talvez, por quem está fora. Quem está dentro tem a imagem maquiada, um véu.
Contudo é uma visão obscura que tenho, pois ainda é dia.
Den 14/09/2010
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