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terça-feira, 14 de setembro de 2010

UMBRAL

Umbral, ao invés de ser um lugar terrivelmente horroroso como se fosse um filme “trash” de horror, vem disfarçado de uma vida normal. Se fosse tão evidente que o umbral é um lugar punitivo, seria fácil para as almas se arrependerem e não seriam postas à prova.
Se tive uma existência anterior onde prosperei na vida, porém pratiquei o mal, terei uma nova chance de reparar o dano em uma vida similar, aparentemente bela, mas que não funciona direito. Seria oferecida uma opção diferente: se não funcionei quando tudo deu certo, vamos ver quando tudo dá errado. É uma existência onde quem pune é o Sol e cada dia é um novo inferno. E enquanto muitos dormem, o repetente agoniza à véspera de um novo dia.
E nesse umbral, o processo de evolução é lento, pois do lugar que você deixou (pior do que quando entrou), poucas ou nenhuma pessoa terá emitido boas vibrações, como as orações, para lhe direcionar à saída. São informações que chegam por meio do sonho. Alguns têm muitos e bons, e acordam bem, outros nenhum, ou ruins, e acordam perdidos.
A visão horrenda que se tem do umbral é a da “coisa em si”, da qual Immanuel Kant se referia. Não é um fenômeno, mas uma situação. Só é vista, talvez, por quem está fora. Quem está dentro tem a imagem maquiada, um véu.
Contudo é uma visão obscura que tenho, pois ainda é dia.

Den 14/09/2010

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